
Tá tudo entalado aqui na garganta. Tudo que eu tenho vontade de falar. Ou melhor, de gritar. Gritar estrondosamente pra todo mundo ouvir. Gritar tudo, tudo que me vier a mente. Gritar tudo aquilo que eu sempre tive vontade, mas a ausência de coragem não me deixava. E, simplesmente, veio agora, neste exato momento essa necessidade. Gritar pro idiota que não percebe o meu amor, o que está totalmente visível em minha testa, e o que me leva a um sofrimento patético e inútil. Gritar para aquelas que fazem um tipo de panelinha fútel que favorece só à elas. Gritar às pessoas que têm uma capacidade incrível de serem frias e mentirosas. Às pessoas que não conseguem ter um caráter e ainda querem imitar o dos outros. Gritar ódio, gritar paixão, gritar saudade, gritar solidão. Apenas, gritar.